ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P114

Poster (Painel)


P114

Perfil audiológico de adultos hipertensos.

Autores:
SOARES, M.A.1, SANCHES, S.G.G.1, RABELO, C.M.1, SAMELLI, A.G.1
1 USP - Universidade de São Paulo

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: Estudos recentes mostram resultados controversos quanto a possibilidade da Hipertensão arterial sistêmica (HAS) afetar o sistema auditivo periférico. Além disso, não existem estudos que tenham usados mais de um método de avaliação do sistema auditivo periférico simultaneamente em indivíduos com HAS. A utilização de outros procedimentos audiológicos (como emissões otoacústicas e audiometria de altas frequências), além da audiometria tonal liminar convencional pode contribuir com mais informações sobre possíveis alterações cocleares decorrentes da HAS, obtendo informações que poderiam auxiliar na elaboração de estratégias para preservação da audição de indivíduos afetados pela doença. Objetivo: Verificar se há alguma influência da HAS no sistema auditivo periférico utilizando dados da audiometria de altas frequências, emissões otoacústicas evocadas transientes (EOAT) e por produto de distorção (EOAPD) e comparar estes resultados aos resultados obtidos em indivíduos com audição dentro da normalidade, com e sem HAS na audiometria tonal convencional. Além disso, investigar se alguma outra variável em relação à avaliação audiológica pode ser usada para diferenciar indivíduos com e sem HAS. Método: O protocolo foi aprovado pelo Comitê de ética e pesquisa da instituição (1065/10) e todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. O estudo avaliou 40 indivíduos entre 30 e 50 anos, divididos em dois grupos: com HAS (20 indivíduos: 13 mulheres e 7 homens; com idade entre 31 e 48 anos - média 41,4 e DP 5,9) e sem HAS (20 indivíduos, 13 mulheres e 7 homens, com idade entre 35-50 anos, média de 45,5 e DP: 4,7). Todos os indivíduos foram submetidos aos seguintes procedimentos: otoscopia, imitanciometria, audiometria tonal nas frequências entre 250 e 16000Hz, EOATe EOAPD. As análises estatísticas foram realizadas pelos seguintes testes: teste de Hotelling T2, técnica de medidas repetidas modelo ajustado, teste de Fisher e Técnica de análise discriminante. O nível de significância adotado foi 0,05. Resultados: Não foi observada diferença significante entre os grupos com e sem HAS, tanto na audiometria tonal quanto na audiometria de altas frequências. Quanto às EOAT, houve uma tendência à significância estatística onde o grupo com HAS apresentou resultados menores que o outro grupo. Quanto às EOAPD, houve diferença significante para as frequências de 1501, 2002 e 2003 Hz, sendo que o grupo com HAS apresentou amplitude de respostas reduzidas em relação ao outro grupo estudado. A análise discriminante indicou que a variável EOAPD foi a que melhor diferenciou os indivíduos com e sem HAS. Conclusão: As diferenças observadas entre hipertensos e não hipertensos nos permite sugerir que indivíduos hipertensos possuem alterações cocleares que não são detectadas pela audiometria tonal convencional.

Palavras-chave:
 Hipertensão, perda auditiva, audição